P. Riscada

P. Riscada
Pedra Riscada, um gigante de Minas

Ipê

Ipê
Paisagem com ipê florido

Paisagem com cáctus

Paisagem com cáctus
As grandes montanhas, as serras , os vales

Torre

Torre
A santa cruz do Norte

quinta-feira, 31 de março de 2011

Águas de março

A partir deste mês de março de 2011 este blog passará a informar mensalmente o total de precipitação de chuva em Ataléia. Nossa marcação pluviométrica tem como ponto de referência a Rua Teófilo Otoni, no centro da cidade, local onde foi instalado nosso pluviômetro (instrumento doado gentilmente pela Agronorte). Informaremos também o total de precipitação do mês de janeiro de 2011 e também do mês de fevereiro de 2011,  ambos gentilmente cedidos pelo Sr. Manoel Marques Lima , responsável pelas marcações da CPRM (Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais). 

    * Total de janeiro 2011 = 98 mm
    * Total de fevereiro 2011= 100,5 mm

    Mês de março de 2011


                                 PLUVIÔMETRO
                   Mapa de Anotações -  Ano:  2011
        Dia  
      Mês :Março 

         1
           -
         2
           -
         3
           - 
         4
           -
         5
        5,0 mm 
         6
           -
         7
           -
         8
      61,0 mm
         9
        6,0 mm
       10
      10,0 mm
       11
        5,5 mm
       12
        6,0 mm
       13
        1,5 mm
       14
      20,0 mm
       15
        3,5 mm
       16
      82,0 mm
       17
        3,5 mm
       18
           -
       19
           -
       20
           -
       21
        2,0 mm
       22
      24,0 mm 
       23
           -
       24
           -
       25
           -
       26
           -
       27
           -
       28
           -
       29
           -
       30
           -
       31
           -
      Total do mês:  230,0 mm                       





    sábado, 19 de março de 2011

    Jovem desenhista

    Clovismã T. B. (março de 2011) - Ataléia-MG

    (Autorretrato do artista)
    Clovismã Teixeira Batista, 20 anos, é natural de Ataléia. Desde pequeno, cursando a série final do curso primário na cidade vizinha de Ouro Verde de Minas, já mostrava interesse pelo desenho ao tentar igualar as habilidades de um colega que fazia desenhos das personagens de Dragon Ball Z. Em pouco tempo,   mostrando muita aptidão, já superava o colega de aula e já tentava se igualar a um desenhista mais velho e experiente que havia na cidade,  que trazia, compilado em uma pasta, retratos feitos à lápis. Ele, maravilhado por aquele tipo de arte, pôs-se a trabalhar nos retratos por conta própria. No início, teve dificuldades. O experiente desenhista mudou-se de Ouro Verde, deixando na cidade um jovem talentoso e persistente. E assim, sem  professor, e com muita dedicação, Clovismã foi aperfeiçoando seus traços e formou-se sozinho na arte do desenho. Verdadeiro autodidata, sua arte surpreende pelos traços firmes e certeiros, pelos efeitos de luz e sombra e pela originalidade. Mora hoje em Ataléia e vem aos poucos tendo seu trabalho reconhecido e  valorizado. Já tem sido procurado por admiradores dessa arte que encomendam seus serviços. Abaixo, alguns retratos do jovem desenhista (clique para ampliar as fotos):
       
      





    sexta-feira, 18 de março de 2011

    Livro que narra a história de Ataléia

    Capa do livro

    O autor

    • O livro A família Alves Teixeira que viu Ataléia nascer, lançado em 2007, traz uma importante narrativa sobre o surgimento da cidade. A obra escrita por Adão Alves Teixeira, que é natural de Ataléia e neto de pioneiros da época da criação do povoado, conta fatos do início dessa povoação, quando Ataléia ainda era chamada de Santa Cruz do Norte. O livro que foi lançado em uma das  Teixeiradas (nome das confraternizações da família Alves Teixeira) possui tiragem limitada e foi distribuído gratuitamente entre membros da família e alguns moradores da cidade. De linguagem fácil e agradável, a narrativa nos leva a imaginar a Ataléia das décadas de 1920 e 1930, repleta de rios de águas límpidas e de intrépidos desbravadores que percorriam suas densas matas em busca de terras devolutas para o cultivo e de riquezas, como pedras preciosas e plantas medicinais. O livro conta também a história da família do autor (da qual sou membro) e faz um paralelo entre o nascimento da família e o da cidade, fato que se dá quase que simultaneamente. Além disso, é ilustrado com fotos e documentos antigos, como propagandas políticas da época e atas históricas, contendo inúmeras assinaturas e referências a moradores ilustres e autoridades do município. Traz também informações e fotos de todos os prefeitos do município. Vale a pena conferir essa importante obra que se encontra nas principais bibliotecas da cidade.                


    sábado, 5 de março de 2011

    Fotos de Ataléia Aventure

    Ponesa, a primeira mulher a subir na Pedra do Bode

    (*) Todas as fotos desta postagem são de autoria de Ataléia Adventure

    Tekinha, um bravo das montanhas

    Darlos Gonçalves dos Anjos, 37 anos, conhecido por Tekinha, é um exímio escalador das montanhas de nossa região. Ele é o principal guia nas excursões nos arredores de Ataléia e faz tudo isso por dedicação ao esporte e amor à sua região. Não aceita nenhum tipo de remuneração para conduzir os turistas de Ataléia ou de fora que se aventuram pelas trilhas nas rochas. Segue, na íntegra, uma entrevista concedida a Renato Teixeira, em que fala sobre seu trabalho voluntário.


    MM: Você é o principal guia das expedições nas pedras de Ataléia. Quando esse interesse pelas escaladas começou?


    Tekinha: Desde pequeno eu me perguntava quando chegava até a ponte e via as montanhas: será que alguém já subiu lá no alto?, será que dali eu pegaria no céu?, poxa, é tão alto! Muitos anos mais tarde, meu irmão Fábio e um amigo dele, o Lidiomar, tentaram subir uma daquelas pedras, mas encontraram dificuldades pelo caminho. Numa nova tentativa me convidaram para ir junto com eles. Reunimos também Pedro Paulo, Vaguinho e meu primo Janinho e essa foi a primeira vez que conquistamos a pedra. Isso foi em 1995. Saimos de madrugada e encontramos muitas dificuldades também. Era a Pedra do Roncamento. Sofremos para caramba e quebrando muito mato, conseguimos chegar no topo. Quando chegamos lá, nossa, que visão! Aquele mundo de montanhas! A paisagem era linda demais! Então, resolvemos reunir um grupo de pessoas para ir também, pois realmente era muito bonito o que a natureza tinha a nos oferecer. A partir daí não paramos mais. De uma segunda vez, encontramos Jefinho tomando banho no Roncamento, que nos perguntou onde tínhamos ido e informamos que tínhamos subido a pedra. Ele disse que o sonho dele era subir ali e pediu para ir também e assim nasceram as expedições que duram até hoje.


    MM: Você vê potencial turístico em nossas montanhas?


    Tekinha: Sim. Muito. Porque nossa iniciativa repercutiu bastante. Até gente de fora de Ataléia, inclusive escaladores profissionais de Belo Horizonte, que viram nossas fotos via internet, vieram para cá e me convidaram como guia. O potencial é grande. Dá para pular de paraglider ou de asa delta. Recentemente, estive até pensando que existe possibilidade, já que a Pedra do Sr. Delson é mais alta que a Pedra do Roncamento, de fazer um teleférico unindo as duas pedras. Sei que não temos condições, mas, cara, seria chique demais! Uma pedra ligando na outra e descendo no Roncamento, bem lá no rio. Seria lindo demais!


    MM: Tekinha, quais são as pedras mais difíceis de escalar em Ataléia?


    Tekinha: De todas, a única que subestimamos mesmo foi a Pedra do Bode. Porém, se você tiver um equipamento seguro, um tênis com bastante aderência, dá para subir. O difícil é subir o primeiro. Ele sobe e quando chega num assento, joga a corda e puxa os outros. Da primeira vez quem subiu foi o Jefinho, pois meu tênis não estava apropriado. Da segunda vez, eu comprei o tênis certo e  subimos juntos. Já fomos duas vezes lá e estamos querendo ir pela terceira vez.


    MM: Qual a sua montanha preferida?


    Tekinha: A Pedra do Poterrão. Além do longo trajeto, a descida é uma comédia, com gente escorregando toda hora. E o tempo que leva também. São quase 4 horas de subida. Sem dúvida, é a melhor.


    MM: Você acha que a ação do homem tem degradado o habitat das montanhas de nossa região?


    Tekinha: Sim. Desmatamento, entendeu? O fogo também. Aí, acaba mesmo. Se não preservar, a tendência é só acabar mesmo. Então, tem que tentar valorizar.


    MM: O que você pensa sobre a importância da preservação ambiental nos dias de hoje?


    Tekinha: Com certeza é importante preservar. Tem que ter qualidade de vida. Se você analisar, a própria Mata Amazônica, segundo uma reportagem, possui cerca de 3 mil serrarias. São milhares de motosserras. Imagine quantas árvores são derrubadas. Então devemos cuidar da natureza mesmo. Os animais, com tudo isso, acabam indo parar nas cidades. É importante preservar.


    MM: Você tem alguma sugestão ou projeto para o turismo daqui?


    Tekinha: Continuar divulgando nosso trabalho e tentar ver até com os órgãos públicos, porque aqui é lindo demais. Talvez eles podem querer investir mais no turismo, nos apoiar mais.


    MM: Tekinha, gostaria de agradecer pela entrevista e parabenizá-lo pelo trabalho realizado.


    Tekinha: Também agradeço pela oportunidade, mas não sou eu sozinho. Nossa turma de excursão chama-se Ataléia Adventure, composta também por  Jefinho, Vaguinho, Ponesa, Ailton e outros. Isso mesmo: Ataléia Adventure.